e esse cheiro de merda?

ah,















é da minha segunda melhor amiga.

só digo uma coisa;

não digo nada.
e digo mais,
só digo isso.

haikai do professor;

pede bença
vai pro bar
e ganha presença.

um tudo negativo;

que na verdade quis dizer

tudo positivo!

08;

desgosto
com esse gosto

de agosto.

vitamina d;

a mina vital.

dessa vez me fui;

e não me pergunte o porquê
se sempre foi
como se fosse assim
só eu e você
nisso vejo olhos
ambos pelo fim
sem nem mais entender
sem poder esquecer
dessa certeza
da incerteza
desse contradizer.

grandemente;

precisa-se aprender
a apreender
essas objeções
não vocais
a sinalizá-las
pro meu eu do futuro
e dispensá-las
como tenho dito
nesses acordes
e acordos
de desacordos
que se sucedem
até o sol nascer
pela vigésima primeira vez.

ex

crota.

e enquanto eu desvio desses mijos;

checo se meus olhos ainda estão vivos
pra me ver
em vão
já que nem eu sei
por onde eles se vão
deveras iluminados
por essa luz
negra
com gosto de cerveja
que só ilumina o que não se vê
que só mostra pra quem não crê
que só me encontra pra esquecer
que só pergunta de você


e depois ouve-se um grito

(porra simba!)

mochila vazia;

diferente daquela que trazia

nessa piccolina correria

é de tudo que eu queria

é tudo que eu já sabia

não há do que se preocupar, meu bem

ela deitar-se-á acá ao meu lado

a lindeterna poesia.

deve ser muito fácil;

ter todo esse espaço
e nada por dentro
nada por fora
nada de fora
nada de tchau
nada de oi
de quem já se foi
e não quer mais saber
nem de esclarecer
esse frio escurecido
nessa noite desaquecida
onde o tudo ainda é nada
onde o tempo ainda passa
e nele você ainda se vê
como a três anos atrás
sem menos
sem mais.

é mãnêro;

o diferente
do indiferente
que faz parte
intrinsecamente
dessa nossa

nossa
nossa
nossa

gente.

can say;

de ser parte dessa multidão
fôlego dessa plateia
que só se olha
ri
e não espera
pelo que há de vir
protagonistas de um futuro escondido
visto
e mais que ouvido.

de um sabadão você aprende;

que todo esse saber
dói
já que ter
corrói
e é nessa longa efemeridade
do dia todo
de todo dia
por vício
da idade
que você age
age
age
age
age
e reage.

(ainda aceso) pela chama;

de quem me chama
como se fosse
meu próprio nome

de quem tem fome
da vida.

se eu gosto de(ssa) pipoca;

é porque eu só sei
que não sei
como vai ser.

não seja;

enganado pelo que seja
por mais que a cereja
esteja presa
a você
nada que eu disse
vai me fazer esquecer
de tudo que a memória esteja
levando pela correnteza
da razão
meu eu sempre esteve aqui
goste você ou não
queira você ou não
me queira você ou não
me importo muito
já me importei muito
e já não sei se devo mais me importar
viver sem lembrar pode custar
bem caro
pros que sempre souberam
que tudo isso
é muito mais do que isso
mesmo se no nisso
você possa encontrar razão
pro jamais compreendido.

travesseiro de rímel;

de uma noite
pra não não se lembrar
de dois sonhos
consecutivamente
inabaláveis pela real melodia
de uma realidade lucidamente irreal
obviamente surreal
daqueles que nunca esperam pelo adeus
do ensolarado amanhã
pelo olá
do hoje que depois virá
como um saudoso abraço
sem eu nem me importar
se sei o que vivi
ou se o que vi
já me fez esquecer
de quem eu sempre fui
de quem eu sempre quis
de quem eu já esqueci
de que tudo ainda pode ser tão bom
como foi a alguns segundos atrás.

deixo assim, ficar;

subentendido.

"mas quando sempre

é sempre
nunca
quando ao lado
ainda
é muito
mais longe
que qualquer lugar."

ovos mexidos;

pela manhã
do amanhã
sem saber
do que se trata
se trata
se ignora
se beija
se ri
se miojo come
com uma fome
descomunal
como o tempo
ah, tempo
impaciente velocista do momento
dos que andam sem tempo
pra esquecer esse olhar
no bar
perto do mar
de quando você respira
bem fundo
e ainda assim falta ele:
o

.

visivelmente;

faço
mais do que deveria
penso
em tudo que não podia
enquanto meu cérebro
amordaçado por uma especiaria
visivelmente
te vê
e sem saber por quê
rola pelo chão
se rala todo
e depois se afligia
sem saber o porquê
do ser
e depois do não ser
pra poder tentar esquecer
do que vai ser
de te querer
de não poder
quando amanhecer
nesse céu oceânico
nesse seu
ideologicamente orgânico
nessa instabilidade imutável
chuva e sol
juntos coloridos
numa relação estranha.

"chuva, sol

e chuva
e sol
não param
não vão parar
para alimentar
o horizonte sem fim
que carrego agora sobre a pele
ao caminhar
para acompanhar
um outro de mim
no meu corpo
outra vez em você."

porque um dia você descobre,

que pessoas são capazes de mentir descaradamente
que provavelmente o ser mais sincero que você vai conhecer é seu próprio cão
que nem todo mundo diz o que sente
que muita coisa é feita em vão

que ouvir o mesmo "ei" todo santo dia cansa
que pó de minério e torta capixaba corroem minha alma
que se você não entrar nessa dança
nunca vai ouvir nem uma palma

que música além de remédio
é a melhor droga que já existiu
que aqui o tempo voa deixando um rastro de tédio
e com ele muita gente já foi pra puta que pariu

que se o passado tivesse sido diferente
apenas seria
mas não é

que lamentar de nada adianta
é perder tempo
dar um tiro no pé




















que ainda dá tempo
basta você querer






















que chegou a hora de recomeçar do zero
voltar pra casa
esquecer desse chão em brasa
sentir a garoa molhando meu cabelo
serene e típica, como sempre foi tida
sem ter que aguentar conselho
de quem nunca viveu a minha vida.

2 chamadas perdidas,

de um número desconhecido
e não sei de quem é

até lembrar de você
e ter certeza absoluta de que esse número não existe em lugar algum
a não ser nesse meu sonho lúcido.

percebi

que pela alta discussão tecnológica,
só faltou a piada de baixo calão

uma dose de contato
pra depois trocar o três pelo seis,
rodeado de distorção e tri amareleza

oh my

vou respirando estes ares
e é como sempre ter inspiração.