segunda-feira, 22 de novembro de 2010

dedo de limão.

Dá sabor ao meu violão,
Me faça um sim e depois um não.

Porque se ontem todos meus problemas pareciam estar distantes,
hoje eles ainda mais estão;

Não entendo porque você insiste,
Se você sabe que eu conheço muito bem a sua mão,
Sobre a minha ela caiu em tentação;
Não será mais necessária a temida solidão.

Possuo meu acorde que misteriosamente não se cala,
Um capo sem um pino, uma gaita que ilumina a escuridão.
Um coração que nunca morre;
Um dedo de limão.

domingo, 7 de novembro de 2010

a mostra da mostarda retardada.



porque ela só precisava de entretenimento.
só queria um projeto de fuga da realidade.
só queria se divertir e esquecer que todo dia seu cabelo nunca está como ela sempre quis.
lembrou que o planejado nem sempre sai certo;
mudou seus hábitos;
desapareceu.
hoje ela é apenas uma lembrança de um tempo onde fantasiosamente tudo sempre estava bem.
e talvez realmente estivesse;
hoje ela mostra, orgulhosa, seus feitos inúteis;
se lembra de como brincou com coisa séria;
reclama da vida mesmo quando está tudo bem;
não quer mais saber de quem um dia disse já ter se importado;
come mostarda no seu cachorro delinquente;
não passa de uma contemporânea futilmente retardada.