segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"cantamos pro amanhã,

e venha o que vier

deixa o passado pra trás

joga esse espelho pro alto

e vamos nos inventar
outra vez. "

sábado, 15 de dezembro de 2012

finalmente demitido,

e você aí,

sem fazer muito sentido.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

incompetência,

drama da ausência,
com uma pitada de descrença,

dessa discrepância,
com sua tamanha irrelevância,

vivacidade do poder da dominância

faces ocultas da ciência,
e minha onipresença.

então por isso
vê se pensa

antes da bença,

com licença,

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

pura catarse.

veio pra mim do alto daquele morro,
com cara de titã

dizem que é a essência
e definitivamente faz um sentido que inegavelmente me atrai

pra que falar tanto
se você nem tem um motivo?
e nem tem pelo que gritar?

é como já dizia o poeta noturno:
são desses rostos
que nunca souberam amar,

dos olhos,
de seu fim;

e dos dedos,
que sempre só souberam dizer uma palavra:

não.

domingo, 23 de setembro de 2012

situação emrazada;

tipo quando assim,

eu não sei de nada.

se só levei porrada

quem se importa?

faça tudo que quiser

mas sem muita palhaçada

tudo tem seu momento

e agora que tudo mudou

vou viver minha vida

e claro, eu sei,

você

sim, você


ta pensando demais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

Mata a mata;

Cheiro de folha,
Verde

Ficou tudo muito aguado,

Com bem pouco açúcar.

A polpa ainda tá congelada
Então fico
Aqui
Com cara de sagui

Vendo quem mata
Na mata

A mata.

Sósia a só;

Olhos de curiosidade,

Está sempre sorrindo por dentro
E queimando por fora,

Não parece comigo
Nem com você
Nem com ninguém

Só lembra

Nunca sabendo

Nunca saberá.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

um dião;

pra terminar essa canção,
que depois de setenta e sete dias ainda não foi completa

uma opção,
de viajar no egoísmo excêntrico típico pisciano,

pro fundo do oceano
submerso no plancton

diverso
diverte
deveras

quem diria que o calango pegaria tanto sol
torraria a cuca
racharia o bico
da bica

sem dizer uma palavra,
mexendo apenas

na sua mão.

domingo, 22 de julho de 2012

o urso congelado.



me disseram que seria triste
como se isso não soasse coisa do passado
sendo ao mesmo tempo ironicamente alegre
heterogêneo
catalogado como feroz por sua aparição
e como já diziam os astrofísicos,
tudo depende do referencial
não depende de mim
nem de você
nem de ninguém
nem nada
é a encarnação da 'cosa nostra'
sendo só minha,
só que um eu de todos e ninguém ao mesmo tempo

é tudo questão de ser atingido por um raio

e quando acontecer










ter certeza disso.

domingo, 17 de junho de 2012

minha cama se mexe sozinha

e enquanto isso
eu ainda estou na minha,

por isso te digo
vai, caminha,
mas não procure pelo passado,
nem ande na linha,

você pode se arrepender
se perder
nessa imensidade mesquinha.



quarta-feira, 9 de maio de 2012

and when the going gets rough,

and you feel like you may fall

just look on the brightside
you're roughly six feet tall.

sexta-feira, 9 de março de 2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

de outrora,

onde ninguém ensinou o passado a ser estranho,
mas ele sabe ser.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

o conto daquele que já não o podia mais contar,

estava quente,
quente o bastante para reclamar, como todos sempre costumaram fazer,
e ainda o fazem,
pelo simples fato de não saber como será seu amanhã, nem se importar com isso.

escovou os dentes rapidamente, parecia apressado,
o fez inutilmente, já que doze minutos depois já estava banhando-os de uma grande quantidade de açúcar, cevada e ideias mirabolantemente achatadas,
tão deformadas que o fez esquecer de como tudo isso não passa,
mesmo quando você quer que passe.

e foi, foi para onde seu destino o mandou,
sem nem saber,
entrou na variante estupidamente móvel sem nem olhar pra trás
não se arrependeu
não teve tempo pra isso
sorriu, gritou
cantou,
não como se fosse sua última vez,
não disse a ninguém o que realmente deveria ter dito,

e já não importava mais,
sem luz, tudo é mais fácil,
todas as curvas são menos acentudas,
a música mais alta que o som do movimento não acusava nada nem ninguém,
e nunca precisou,

em tão poucos segundos,
onde existia o 99, já não existe mais nada,
nem ninguém,

só sua história,
que ninguém nunca poderá contar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

(eu sei)

ela já te ingeriu,
crioula,
filha de uma papoula,
olhar inerente a si mesma
prolixa e sem função,
e você nem sabe por quê;

ela já te digeriu,
já pensou que sabe do que todos falam,
e também nem sabe por quê,

tão humilde escolha,
ser criança para sempre como num filme sobre aquela esverdeada folha
você podia me contar algo novo, que tal?
algo de que eu não sei por quê;
pode nunca mudar minha vida,

porque eu sei tanto de tão pouco,
que só precisava ver,
que ela já te engoliu,
e nem eu sei por quê,
que depois dessa nulidade nutricional,
só me restou sua azia de A a Z,
com todas as letras do beto-alfa,
que até caberiam numa música;

se não fossem esses dias fantasmagoricamente obstruídos,
se eu ainda morasse no celeiro daquele cavalo,
se eu não tivesse esquecido,
se eu soubesse por quê.