quarta-feira, 13 de abril de 2011

memórias ríspidas, ilíacas, divergentes, intrinsecamente calculadas, universalmente levadas ao sarcasmo.



dançou feito um robô, não de 1984;
mas talvez de 1979, com cara de quem não queria nada, perfeitamente programado para seguir as ordens de seu fisiologicamente-psicologicamente instrutor politicamente incorreto, moralmente abominável.

sabia que iria se arrepender, ou não. na verdade não sabia, não estava sob seu estado de consciência sã, foram raros os momentos, diga-se como um ponto que não altera em nada o vínculo já estabelecido.
mostrou como se faz, ensinou com absolutamente nenhuma humildade os leigos, e diz que não se arrepende de ter tido seus dias de glória. diz.

talvez o que realmente se sucedeu foi uma grande mistura, de êxtase e 'suchashame'. claro, só no dia seguinte, como de costume, graças a seu sonífero excitante, conhecido como iPod.

sonífero que lhe trazia uma realidade tão tão tão distante, e ao mesmo tempo, do seu lado, sempre ali com ele. um passado, tão presente, que só dava um nó nos seus miolos, e nada mais o reverteria naquele dia.
talvez foi por isso, diz ele que não. prefere não se pronunciar, como de praxe.
automaticamente incluído de fatos de extrema delinquência, foi e fez. só não ouse perguntá-lo como foi, porque ele talvez nunca dirá. me disseram que foi a sua maior idiotice, e ao mesmo tempo a única que valeu cada segundo.
arrependimento talvez já faça parte de seu vasto e ao mesmo tempo limitado vocabulário congelado numa terra a -26° C.
mas por enquanto, talvez só seja memóravel dizer dessas memórias o que já foi dito desde quando toda essa história começou.
não passam de ridículas: ríspidas, ilíacas, divergentes, intrinsecamente calculadas, universalmente levadas ao sarcasmo.

e agora me deu vontade de comer pizza.